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terça-feira, 14 de julho de 2015

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades: Opinião sobre a época vindoura

Uma nova época aproxima-se. Uma nova era inicia-se no Sporting Clube de Portugal. Treinador novo, ideologias novas, reforços de peso e um plantel mais forte.
Nesta nova época que agora se inicia sobre as ordens do novo treinador Jorge Jesus, os objetivos traçados são altos, as expectativas também e a equipa tem tudo para corresponder e excedê-las, até.
De momento, já confirmados, existem quatro reforços, se contarmos com a compra a título definitivo de Ewerton (que já actuou pelo Sporting na segunda metade do campeonato que em Maio findou). São eles: Azbe Jug, guarda-redes esloveno vindo do Bordéus, João Pereira, um jogador que já passou pelo Sporting e que conhece bem não só o nosso futebol como o próprio treinador, com quem já privou e treinou aquando da passagem de ambos pelo Braga, Bryan Ruíz, extremo/médio ofensivo costa riquenho bem conhecido do futebol europeu e com experiência internacional, e, por fim, Ewerton, que já é conhecido da maioria dos Sportinguistas, devido à boa passagem pelo plantel principal na última metade da última época.
No que toca a saídas, se contarmos com as chegadas de jogadores emprestados (Wilson Eduardo, Heldon, Diogo Salomão, Labyad, Viola, Slavchev,...) é possível afirmar que alguns jogadores terão que rumar para fora de Alvalade. Provavelmente Salomão sairá a título definitivo, com destino, muito provavelmente, ao Deportivo da Corunha, onde esteve cedido durante as últimas seis temporadas e onde já manifestou a sua vontade de continuar. O mesmo se poderá passar com Heldon ou até mesmo Wilson Eduardo. E há ainda a possível contratação de Teo Gutiérrez, que parece estar de malas e bagagens feitas para Alvalade, depois de um longo período ao serviço dos argentinos do River Plate. O colombiano é um ponta-de-lança cujas qualidades parecem satisfazer na plenitude a ideia/filosofia de jogo de Jorge Jesus.
A ver vamos.

Por sua vez, há jovens que se procuram afirmar na equipa principal ou demonstrar qualidade suficiente para que sejam apostas válidas para o treinador em jogos da Taça de Portugal contra equipas de qualidade significativamente inferior, ou até mesmo da Taça da Liga. Fala-se, claro, de Gelson Martins, Wallyson, Matheus Pereira e até mesmo do escocês Ryan Gauld, que, tal como todos os anteriormente referidos, já demonstrou muita qualidade na equipa B liderada por João de Deus. Há um interesse em ver estes jovens “leões” aproveitados, principalmente Gelson Martins, que já demonstrou parte do seu valor potencial no Mundial de Sub-20, este ano, ao serviço da seleção de Portugal.
Falando de futebol mais jogado, o novo treinador traz uma nova forma de jogar e é mais que certo (no jogo contra a equipa B já o fez) que a equipa jogue em 4x4x2, como era costume JJ fazer enquanto esteve ao serviço do Benfica e que tantos frutos lhe deu. Ou seja, é desde já possível perspectivar um tipo de jogo tendencialmente ofensivo, com toque de bola rápido e variações de velocidade constantes, sem que alguma vez a segurança defensiva seja deixada de parte, pois a melhor forma de ganhar jogos é sendo eficientes na frente e seguros na defesa, e é isso que se quer. Não só o querem os adeptos como também o próprio Jorge Jesus, que manifestou essa intenção aquando da sua apresentação oficial como treinador do Sporting, em pleno Estádio de Alvalade, perante milhares de sportinguistas e câmaras da televisão oficial do clube, a SportingTV.
Por sua vez, o treinador não é o único elemento novo na equipa técnica leonina, tal como Jorge Jesus, também Octávio Machado e Manuel Fernandes regressam a uma casa que tanto apreciam. Contudo, estas três mexidas não são as únicas dignas de registo. Como todos os treinadores, Jorge Jesus gosta sempre de trabalhar com a sua equipa técnica, então, com ele, trouxe dois dos seus adjuntos, Raul José e Miguel Quaresma, que o acompanham sempre desde o tempo em que o treinador português esteve ao serviço do Clube Futebol Os Belenenses.

Resumindo, toda a época é aguardada com muita expectativa e as expectativas, por sua vez, são altas. O Sporting tem sede de títulos, tem sede de conquistas, tem ambição, tem garra, tem devoção, tem esforço para que possa ser um sério candidato ao título, a começar a partir da época que se avizinha a passos largos. E a primeira conquista pode ser já a Supertaça Cândido de Oliveira, a disputar dia 9 de Agosto, no Estádio do Algarve. Uma Supertaça que tem tudo para ser um tanto ou quanto escaldante visto ser contra uma equipa bem conhecida do agora treinador do Sporting. Falo, claramente, do Benfica. Jorge Jesus esteve ao serviço do rival durante seis anos e foi o primeiro treinador português a tornar-se bicampeão em Portugal. Porque não continuar a senda de conquistas e ganhar já a Supertaça frente à sua antiga equipa? Com certeza teria um sabor especial e causaria uns quantos dissabores na equipa do outro lado da 2ª circular.
Como já foi dito em cima, a ver vamos.

Pessoalmente, acho que o Sporting tem tudo para triunfar com Jorge Jesus ao leme e Bruno de Carvalho tem a oportunidade de ficar, para sempre, marcado na história do nosso clube ao ser um presidente politicamente incorrecto, para muitos, e tomando medidas ousadas, para outros, para que possa ver o clube triunfar como há muito não se vê. Basta haver coesão, haver querer e, acima de tudo, haver espírito de sacríficio em prol do clube, tudo isto são princípios fundamentais para o nascer de um campeão. Há que remar sempre na mesma direção e não haver contradições, desorganizações e guerras internas para que possa haver estabilidade e segurança internamente.
Contudo, os adeptos, para mim, não são esquecidos e têm um papel perponderante na forma de estar e viver a nova era do clube. Desde sempre que o Sporting é conhecido por ter uma massa adepta fortíssima e fortemente unida. Porque não continuarmos a ser assim? Porque não continuarmos a remar todos para o mesmo lado? Porque não apoiarmos todos, sem excepções, a equipa, os treinadores e os dirigentes? Parecendo que não, tudo isto tem um peso no clube e, sejamos sinceros, quanto menos disparidades houver entre todos, melhor será.
Como sabemos, ninguém está acima do nosso Sporting Clube de Portugal.

Aos jogadores, boa sorte para a época que se avizinha, que vos corra tudo de feição e que se adaptem ao novo treinador o mais depressa possível para que possamos – não só os adeptos, mas toda a família sportinguista – celebrar vitórias, celebrar títulos e celebrar a grandeza do Sporting Clube de Portugal.
Aos adeptos, há que manter o último parágrafo em mente e ler as vezes que forem necessárias ao longo da temporada para que ninguém se afaste e para que rememos todos para o mesmo lado, porque, quando se conquistam títulos é mais uma forma de fortalecer a família sportinguista e o amor que todos nós, sem excepção, nutrimos, ou devíamos nutrir por esta grande instituição que é o nosso Sporting.

Viva o Sporting Clube de Portugal!