No fim-de-semana passado foi finalmente apresentado o
Sporting versão 2013/2014 num jogo emocionante contra o Real Sociedad. Após
algumas semanas de indefinição em torno da equipa –algo que, naturalmente,
ainda persiste – foi um onze com algumas novidades aquele que saltou para o
relvado contra a equipa espanhola. Cumprindo uma promessa que muitos adeptos já
ansiavam há anos, o novo Sporting assenta maioritariamente em jogadores da sua
formação de renome mundial e alguns estrangeiros estrategicamente contratados
para preencher as lacunas do plantel.
Entre as novas caras foi apresentado Gérson Magrão, um
jogador brasileiro que veio do Figueirense para reforçar ao meio-campo leonino.
Neste artigo vamos conhecer melhor o homem que envergará a camisola nº 10 em
Alvalade este ano.
Gérson Magrão (28 anos , Figueirense Futebol Clube)
Gérson Alencar Lima Junior, vulgo Gérson Magrão é um médio
brasileiro de 28 anos, natural de Diadema (Estado de São Paulo). Joga
preferencialmente como médio-defensivo ou de transição, embora também já tenha
desempenhado a posição de defesa-esquerdo, algo que o próprio admite não
gostar. Ao longo da sua carreira jogou já em mais de 5 clubes, repartidos entre
o Brasil, Holanda e Ucrânia. Chega ao Sporting para colmatar a saída de Stjin
Schaars e curiosamente envergará o número 10, uma camisola associada ao
criativo da equipa.
Percurso
Gérson Magrão tem o seu registo mais antigo no ano 2003.
Então com 18 anos, Gérson acabava de se formar no Cruzeiro. Na temporada
seguinte move-se para os holandeses do Feyenoord, onde passa três temporadas
sem ver muita acção (6 presenças). Em 2007 volta para o Brasil onde joga apenas
uma vez pelo Flamengo, sendo de seguida emprestado ao Ipatinga. É neste clube
que Gérson começa finalmente a mostrar o que vale, contando 26 presenças e um
golo. O seu desempenho chama a atenção do seu clube formador – o Cruzeiro – que
o leva de volta para as suas hostes. Em 2008 soma 24 presenças e 3 golos e no
ano seguinte 33 jogos e mais 4 golos. Por esta altura Gérson era uma verdadeira
estrela no seu clube e uma presença regular e importante no onze do clube de Belo
Horizonte, facto que lhe valeu uma transferência para o Dínamo de Kiev em
2009/2010.
Titular indiscutível na Ucrânia, Gérson joga em 27 partidas
e marca 4 golos, tendo o Dínamo terminado na segunda posição (atrás do crónico
campeão Shakhtar). Em 2010/2011 tudo muda. Apesar de começar a época como
titular, a mudança de treinador ditou o seu progressivo afastamento da equipa.
Os salários começam também a atrasar misteriosamente e o jogador é obrigado a
abandonar o clube ucraniano num contencioso pouco amigável. De modo a
desbloquear a sua situação Gérson assina pelo clube do coração do seu pai – o Primavera
- e joga por empréstimo no Santos, num ano em que joga 25 partidas e vence a
Copa Sul-Americana (uma espécie de Liga Europa no continente americano). No
final de 2012 salta para uma nova aventura ao serviço do Figueirense e joga por
lá em 15 encontros marcando um golo. Começa 2013 no mesmo clube, mas é em Julho
que volta ao principal continente do futebol, ao serviço do Sporting.
Conclusão
Gérson Magrão foi uma verdadeira surpresa. E isso não é
forçosamente bom. Nem mau. A verdade é que este médio tem um currículo
interessante e um percurso bastante competente. Chega a Alvalade numa altura em
que pode certamente beneficiar de um relançamento da sua carreira e para ocupar
uma posição que pertencia a um jogador bastante querido dos adeptos que teve
que deixar o clube devido à delicada situação financeira. Infelizmente chega
também numa altura em que abundam jogadores para qualquer uma das suas posições
preferidas.
Apesar de Gérson já ter jogado como lateral-esquerdo, ele
próprio admitiu que foi numa situação de necessidade e que não quer repetir a
experiência preferindo jogar no centro do terreno, como médio-defensivo ou
médio de transição. O problema é que para as suas posições o Sporting tem neste
momento Fito Rinaudo, Eric Dier, Adrien, André Martins e até as surpresas
William Carvalho e Zézinho. Todos com muito para dar e todos com qualidade
inegável.
Ainda assim, Gérson tem as suas boas armas. É um jogador
polivalente que apesar de ainda ter muito para dar, já tem uma quantidade muito
considerável de experiência que pode ser determinante na equipa. Além do mais, jogou
por vários campeonatos competitivos e teve bastante sucesso por onde passou.
Seguro a defender e competente a atacar, Magrão não faz jus ao seu nome. Com
1.81m e 75kg é um jogador alto e forte. Embora não seja o criativo que a sua
nova camisola tenta transmitir este jogador pode ainda ter muito para oferecer
ao clube e de certa forma, a si mesmo.
Por agora há apenas uma certeza: há um
novo tipo de nº 10 em Alvalade.
E tu adepto, o que achas desta contratação? Acreditas que Gérson Magrão é um bom reforço? O que pensas dele? Deixa-nos a tua opinião!
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